A sustentabilidade humana
Ivone
Boechat
O homem busca, em desespero, mas antes tarde do
que nunca, a preservação do que sobrou neste Planeta. Não é impossível, até
porque atitudes simples têm o poder de mudar o rumo de coisas importantes. Mas
eis o impasse: por que não se começa a educar para o equilíbrio da ecologia
humana? Quanto custa o esforço por um abraço, um sorriso, pela manifestação de
afeto, pela demonstração do perdão?
A Escola gasta quase todo o tempo destinado a
ela resolvendo equações de primeiro e segundo graus e a criança vive refém dos
deveres de casa. Professores desesperados ensinam anos e anos a encontrar o
valor de X e o jovem sai, na maioria das vezes, sem encontrar o valor dele
mesmo. Dirão muitos que a concorrência exige tudo isso na preparação para a
corrida desenfreada ao mercado de trabalho: passar nos concursos, nos
vestibulares e arranjar emprego, porque geralmente só passa quem sabe mais
equação e rebincoca da parafuseta.
A educação tem os recursos pedagógicos para
orientar a humanidade, ajudando a transformar conceitos em atitudes. É possível
mudar comportamentos. Quem falhou? Ao invés de se ensinar só teorias,
conteúdos, doutrinas, por que não se ensinam valores? Fé, amor, paz, união,
misericórdia, fraternidade, solidariedade, preservação? Ensinar ao homem a ser
bom é também um grande desafio à educação. Todas as guerras do Planeta têm
origem nas doutrinas.
Quando o homem reflorestar as ideias, podar os
galhos secos da ira, regar suas raízes no manancial da fé, vai colher os frutos
de um mundo oxigenado de amor. O homem equilibrado vai equilibrar o Planeta!
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