A mensagem das estrelas
Ivone Boechat
A evolução da tecnologia e a
expansão dos meios de comunicação deram ao homem o conforto do presente século
e se não fora a corrupção desenfreada, a sociedade estaria provida de recursos
para implantar a educação, gerir a segurança e cuidar da saúde. Nunca, em toda a história da humanidade,
o ser humano se abasteceu de tanta informação global. Continua carente de amor,
solitária e afastada dos princípios divinos.
As comemorações do Natal estão
no ar, com sua força mágica! As luzes estão piscando para namorar a miséria
mascarada e as vitrines arrumadas para debochar da pobreza dos abandonados. O
materialismo transformou o maior banquete espiritual do universo num encontro
marcado com a multidão de contrastes.
Soam os primeiros acordes,
mistérios, sinfonias, frases pulverizadas, os homens se esbarram para ver tudo
de perto, longe um do outro!
O Natal com sua mensagem tão
simples é sempre uma surpresa embrulhada e guardada para gerações e gerações.
Muitos na pressa mórbida se esqueceram de ler a mensagem das estrelas, o recado
dos anjos e o apelo da manjedoura.
O lar cristão tem a
responsabilidade de preservar o verdadeiro significado do Natal! A cruz, objeto
de tortura dos romanos, não é símbolo do cristianismo nem o berço da
estrebaria, o que representa tudo isto é o homem comprometido em levar adiante
a mensagem do Evangelho. Este evangelho sou eu e você.
(Por uma Escola humana, 1ª edição, Freitas Bastos, 1987-RJ)
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